Mens sana in corpore sano!

Conceito difícil que me persegue acompanha, desde a primeira série no colégio. Não esqueço o momento que descobri o que a bendita frase na camisa do colégio dizia: "Mente sã em um corpo são." Nunca fui boa em praticar esportes e pra uma pessoa perfeccionista, que se cobra demais, isso sempre foi um calo no sapato. 
Tenho coordenação motora pra fazer trabalhos manuais delicados, na época da faculdade, dissecava muito bem obrigada, mas, tropeço andando descalça pra você ter ideia! Imagine jogando volei? Ou Basquete... Um fiasco! 
Não aprendi a nadar e olha que me esfolei pra isso, até hoje, vez ou outra volto nessa tecla. Tudo mudou na minha vida quando descobri o montanhismo, eu estava em contato com a natureza, me atracava com umas pedras, tinha um prazer enorme calçando aquela sapatilha apertada e meus dedos e joelhos esfolados eram meu troféu no fim do dia. 
Sem falar que minha mãe amava odiar meus dias de escalada (Que saudade dela me perguntando se entrei em alguma briga e apanhei quando chegava de uma viagem de final de semana pra escalar, mãe faz falta) E eu adorava provoca-la. 
Mas, as contingências da vida me afastaram da montanha e das atividades físicas, primeiro por falta de tempo e logo depois por uma grande falta de ânimo e uma coisa leva a outra...

Descuidar de mim, da minha saúde fez parte do meu processo de luto e nem vou tentar dissecar isso aqui porque não tenho ideia de por onde começar. Tentei compensar minha perda com um docinho aqui, um chocolatinho acolá que me trouxeram vários quilos a mais e todas as consequências do sobrepeso. Foi um longo processo até eu entender que não há maneira de mudar esse quadro sem mudar meus hábitos e movimentar meu corpo.
E o retorno, como diz aquela música do anos 80 "Não está sendo fácil... Não está sendo fácil..." 
O corpo não responde como antes e bate o desânimo. os números da balança não descem, as medidas não diminuem e eu só quero comer goiabada com biscoito (Quando a gente mora fora é que aprende a valorizar uma boa goiabada!), torresmo e tomar um copão daquele veneno preto borbulhante Coca-Cola E antes que venham me dizer, eu já digo: PRECISO TER FORÇA DE VONTADE! Mais fácil escrever do que pôr em prática...
E eu "iscrivi" isso tudo pra dizer que vou continuar escrevendo sobre minhas escaladas, dessa vez rumo à minha saúde plena e a mente serena.

Besos,
Me voy!

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